- Por que devemos ter essas reuniões, querido Frederico?
- Minha cara Alicia, alguns de nós não são criados para esta vida vampira, muitos foram transformados, são os renascidos. Eles precisão saber dos princípios básicos de nossa sociedade para não nos denuncie aos humanos. Compreende?
- Na verdade não.
- Como não!? O que não entende?
- Bem, somos ágeis, fortes, possuímos sentidos aguçados, verdadeiros caçadores..., hesitou, então por que devemos nos esconder de nossas presas?
- Diga-me gosta de ir ao shopping? Ou ao cinema? Ao teatro? Andar pela rua durante a noite ?...
- É claro que gosto.
- Então por que reclama?
- Penso que como somos mais fortes deveríamos nos impor, mostrar nosso poder. Eles que se escondam.
Frederico começou a rir, olhou Alicia, seus olhos e cabelos dourados, suas curvas tudo em perfeita harmonia, qualquer humano daria a ela vinte anos no máximo, e nem desconfiariam que ela tem na verdade quase duzentos. Depois desse momento de contemplação percebeu que ela estava irritada com as gargalhadas que ele dera. juntou-se a ela no sofá grande de um anil suave.
- Meu anjo, sei que é difícil entender o porquê de nos escondermos, mas é bem simples preste atenção, os humanos se acham poderosos e os seres mais dominantes se tirarmos isso deles podemos causar um caça global a nossa espécie. Sempre que são contrariados ou perdem algo querem revanche e vão até o fim por isso, se ouve-se uma guerra há duas possibilidades mais prováveis: nós os eliminamos e ficamos sem alimento ou eles acham nossas fraquezas e as usam para nos destruir comprometendo nossa espécie. Sem contar que se ouve-se uma guerra destruiríamos muitos lugares e coisas.
- Pera aí, até Paris, Roma, minha adorada Grécia? Alicia se levantou bruscamente.
- Com toda certeza.
- Que horror! Você tem razão querido. Vamos logo! Antes que Frederico se levanta-se Alicia reclamou. Como você é devagar, vamos antes que os renascidos destruam o mundo.
- Não precisa exagerar e eu não sou nada lerdo, Frederico disse ao lado dela puxando-a para si e dando-lhe um beijo apaixonado.
- Chega meu bem, não vamos deixar os convidados esperando.
- Vamos a reunião salvar sua adorada Grécia.
- Como você é bobo, disse ela sorrindo passando o braço dela pelo dele.
Os dois saíram pelas porta do quarto e desceram pelas escadas da quase mansão como gostavam de chamar.
