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domingo, 4 de julho de 2010

Conquistando a liberdade - Capitulo 1



8:00 - Localização Secreta

     O telefone toca na casa dos Fernandes. Talyta, filha deles atende:
— Alo, quem é?
Alo? Talyta? É o tio Frank.
— Oi tio, vou chamar a mamãe.
Ok, estou esperando.
— Mãe, tio Frank no telefone.
— Já vou. Um tempo depois Anita, mãe de Talyta chega ao telefone. Oi Frank, como está tudo?
Oi, comigo bem, mas... Descobrimos algo... Que não esperávamos.
— Só um minuto. Anita vira-se para a filha e diz:
— Você não tem que se arrumar mocinha, o ônibus logo vai chegar.
— Já to indo, vou chamar a Katry.
     Assim que a filha sai da sala Anita diz para o homem na outra linha continuar a falar:
Três dos nossos companheiros que foram presos na invasão há 14 anos conseguiram escapar do cativeiro, eles estavam muito feridos, mas sobreviveram, contaram sobre tudo e também sobre os... Aguilara.
— Meu Deus! Essa é uma ótima notícia! Conte-me tudo, Frank.
Não posso esses telefones não são confiáveis, mandei-lhes uma "pomba" ¹, avisando chegará em breve.
— Tudo bem, aguardaremos ansiosos. Neste momento Iago, seu marido desce as escadas, vendo a esposa preocupada, mas ao mesmo tempo com certa alegria no olhar, ia perguntar a ela o que estava acontecendo, mas Talyta e Katryne passavam pela porta cozinha.
— Já estamos indo. Tchau tio, tchau tia. Disse Katryne.
     Anita e Iago se viraram para elas e disseram para elas irem com Deus, assim que as garotas saíram pela porta Anita chamou o marido para a cozinha, e contou a ele sobre o telefonema e a "pomba".

     Já no ônibus, as meninas conversão:
— Parece que enfim nós vamos ficar por aqui sem mais mudanças, reclamou Talyta.
— É verdade já estava cansada de tantas mudanças, parecia que estávamos fugindo da policia. As duas começaram a rir. Os Fernandes eram pessoas que, aparentemente, eram exemplos a ser seguido, nenhum problema na vizinhança, nem na convivência familiar, mas como mencionado antes, isso tudo apenas aparentemente, pois ninguém nessa cidadezinha sabe do passado deles.
— Katry, você não achou minha mãe meio estranha depois do telefonema do tio Frank? Talyta é a mais sensível ao que os outros sentem e presta mais atenção nos detalhe.
— Tia Anita? Acho que não, ela é sempre tão calma o que o Frank poderia ter dito a ela?
— É você deve ter razão.
— Esquece isso. Mas Talyta não esqueceu e decidiu falar com a mãe assim que chegasse em casa, mas não teria essa oportunidade.
    O ônibus chegou à escola e elas foram para suas salas, não conheciam quase ninguém, pois haviam se mudado há apenas algumas semanas, sempre se mudando e com histórias que não faziam sentido como "não gosto daquela vizinha", "ele tem jeito de mafioso", "essa ainda não é nossa casa perfeita" e coisas do tipo. Não gostavam de ir a escola todos as olhavam torto, de funcionários à alunos. Contavam os segundo para voltar para casa logo.

     Ao chegar a casa, Anita e Iago estavam sérios, com a televisão ligada, mas ninguém prestava atenção nela, eles estavam pensando em uma forma de contar a elas o passado deles e o que realmente aconteceu com os Aguilara, eles tiveram um jantar silencioso e tenso, após todos terminarem o jantar, eles começaram.
— Meninas, precisamos conversar, sobre um assunto muito serio.
— Por isso prestem atenção.
— Tudo bem! Disseram simultaneamente.
— Há 14 anos, aconteceu algo, que temos escondido de vocês, mas chegou a hora, da revelação...


1 - Pomba: Correspondência secreta