O Ano do Meu Personagem: Fim de ano da Espiã

Hey gente! Adivinha o que a distraída que vos fala percebeu recentemente.... Isso mesmo, que o último post da série "O ano do meu Personagem" não tinha ido ao ar. E isso é horrível da minha parte, pois o texto a seguir é muito bom de ler e eu privei vocês dele. Perdoe-me!

Já parou para imaginar como foi o ano de Capitu? Será se algum novo leitor conheceu sua história e a ajudou a provar que não traiu Bentinho? Ou talvez, um leitor investigativo tenha descoberto a prova da traição... Bem, talvez o Sr. Sherlock Holmes pudesse nos explicar suas teorias para o caso e seu desenvolvimento. O Letras & Versos convenceu, os personagens dos nossos autores parceiros, a contar um pouco sobre o ano deles ou o que eles esperam para 2016.

Nossa convidada de hoje é a Ana Carolina Pascoline criada pela autora Samanta Galvão para o livro "Uma Grande Espiã". Abaixo a sinopse do livro e pouco depois o conto que recebemos...

Ana Carolina Pascoline tem 32 anos e é uma espiã muito competente, integrante da Agência de Serviço Secreto do Brasil, a ASSB. Perdeu os pais quando tinha apenas 15 anos e depois disso viveu com os avós paternos.Ela sempre trabalhou sozinha em suas missões, mas um trabalho sigiloso lhe impõe uma parceria com Theodoro Treyland, o Theo, outro dos melhores integrantes da ASSB. Conforme uma missão aparentemente simples se revela complicada e perigosa, além de diretamente relacionada ao destino de sua família e o dela própria, Ana luta contra um sentimento que surge em relação a Theo, que vai além da amizade e da parceria de trabalho.

Uma luxuosa casa dava uma festa de fim de ano, em frente à praia de Copacabana e muitas pessoas importantes estavam naquela festa. O salão tinha grandes lustres, que muitos poderiam jurar ser de ouro. Afinal o anfitrião era um homem poderoso. O Buffet era de ótima qualidade e uma orquestra tocava harmoniosamente.

Ninguém questionava a fortuna do anfitrião, afinal ele não tinha mais que trinta e não vinha de uma família rica. Mas não queriam saber de onde vinha todo esse dinheiro. Exceto os agentes secretos da ASSB.

Ana Carolina Pascoline andava entre os convidados com um vestido longo e branco, com uma abertura na alto direito da saia, revelando a perna e escondendo uma arma na parte interna da coxa coberta pelo vestido. Em seu ouvido tinha um comunicador, que lhe permitia conversar com seu parceiro, Theodoro.

Ela não queria trabalhar na virada do ano, mas era algo importante e não festejaria sabendo que virou as costas para seu trabalho.

– Ana. – Ouviu uma voz masculina atrás de si e virou-se sorrindo, ao reconhecer Theo. Os cabelos negros dele estavam rebeldes, os olhos intensamente azuis e nos lábios um sorriso torto. A camisa branca caia tão bem nele como uma azul.

– Vamos? – Perguntou á ela, que assentiu.

Deram as mãos e passaram despercebidos pela multidão até a escada principal, que os levaria para o andar superior. Subiram rapidamente e caminharam até o fim do extenso corredor, pararam diante de um escritório.

Os espiões trocaram olhares e entraram, fechando a porta atrás de si.

– Vigie a porta. – Ordenou Ana, dirigindo-se para o computador, instalando um pen drive nele e fazendo o que Gabi tinha lhe ensinado.

Theo estava atento à porta com os sentidos apurados. Observou a parceira olhando atentamente para o computador. Ana era realmente linda, principalmente quando a via trabalhando. Tão concentrada e incrivelmente sensual.

– Quase acabando. – Disse ela quando viu que faltava 80% para os arquivos que precisava ser transferidos.

Mas Theo não achava que eles tinham tempo o necessário, pois conseguia ouvir passos no começo do corredor.

– Acho que não temos tanto tempo assim, Ana. – Revelou.

85% e os passos estavam cada vez mais próximos.  E se não desse tempo? Se forem pegos?

90% e os passos pararam e mesmo assim os espiões não ficaram aliviados.

95% e os passos voltaram.

– Está chegando, Ana.

– Só mais um pouco... Mais um pouquinho... – Sussurrava. – Pronto! – Disse aliviada e tirando o pen drive.

– Merda! – Theo esbravejou, indo até a parceira, colocou-a sentada na mesa ao lado do computador e a beijou.

E nesse momento um guarda abriu a porta e perguntou:

– O que estão fazendo aqui?

– Não é obvio? – Perguntou Theo com os olhos maliciosos, enquanto Ana teatralmente gemia e abria os botões de sua camisa.

– Fazem isso lá fora. Aqui é proibido para convidados. – Disse o guarda.

Ana bufou e saiu da mesa, com cara emburrada.

– Vamos, amorzinho, vamos ara um lugar mais reservado, onde ninguém nos importunará- Disse, pegando a mão do parceiro e passando pelo guarda sem olhá-lo.

Somente quando eles voltaram para o salão resolveram conversar.

– Se não fosse tão boa espiã poderia tentar a carreira de atriz. – Elogiou a parceira, que sorriu e disse:

– Vamos sair daqui antes que eles dão conta que alguém fuçou nos computadores.

Theo assentiu e pegando a mão dela, caminharam para fora e se misturaram com as pessoas de branco na praia de Copacabana. E foi impossível não se envolver no clima de ano novo!

Tanta coisa aconteceu á ela no ano que se foi. Conheceu Theo, segredos sobre seus falecidos pais. Sim, foi um ano bem puxado.

No meio das pessoas naquela praia imensa, não foram percebidos pelos guardas da casa que acabaram de invadir. Theo sorriu quando os viu passar reto e perceber que o pen drive estava no bolso de sua calça, totalmente seguro.

Ana virou-se para ele, sorrindo e com os lindos olhos caramelos.

– Fizemos um ótimo trabalho. Trabalhamos muito bem juntos, Theo.

– Não posso discordar disso. Parceira.

Ele a abraçou e o casal virou-se em direção ao mar. Ficaram quietos quando começou a contagem de ano novo e os fogos iluminaram o céu em um show de luzes e estouros.

– Feliz ano novo, a stor. - Theo sussurrou no ouvido dela.

 Ana sorriu. Estava imensamente feliz.

Bom, queridos leitores, esse é o grande final da nossa série, mas assim que possível teremos mais. Obrigada a todos que acompanharam e (mesmo já tendo dois meses) escrevam histórias brilhantes esse ano!