Pensando bem... Velejar pelo desconhecido

Olá, caros leitores! Como vocês não me conhecem, acho que seria adequado me apresentar, não? Meu nome é Caio, tenho 17 anos, e sou o novo colunista do Letras & Versos. A partir de hoje, terei esse espaço aqui no blog a cada quinze dias, algumas vezes para falar do que eu ando lendo, outras para refletir sobre esse estranho mundo que nos rodeia. Tanto minhas resenhas serão sobre livros de gêneros bem variados, como os temas abordados nos textos reflexivos não terão um padrão definido. Dito isso, espero que gostem do que eu farei por aqui. Tenho certeza de que nos daremos muito bem. Podemos, então, começar a divagar?

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No geral, nós, seres humanos, temos medo de pisar em solo instável, navegar em águas desconhecidas, ou qualquer outra analogia para viver um momento da vida sobre o qual não temos controle, onde nosso futuro torna-se incerto e está nas mãos de "algo maior". Gostamos de ter as variáveis sobre domínio, saber muito bem os desdobramentos possíveis para cada escolha que possivelmente faremos. Há, claro, aqueles que dizem adorar viver perigosamente, mas no fundo todos somos o mesmo de formas diferentes.

O que nós não percebemos é que a vida em si é um grande campo de incertezas. Por mais que pensemos e repensemos nossas decisões, nunca teremos total conhecimento sobre o que o futuro pode trazer. Nós não sabemos, ao acordar, se o dia que viveremos será só mais do mesmo ou se trará algo decisivo. Podemos ter expectativas, mas isso já não significa que não temos certeza quanto ao que se seguirá?

Não, nós não temos a menor ideia do que nos espera ao firmarmos o próximo passo. Num momento difícil, em que nos vemos no fundo do poço, pode surgir uma solução dos cantos mais inesperados, que nos iça, ainda surpresos por tamanha reviravolta afortunada, do vórtice problemático em que estávamos presos. Do mesmo modo, podemos em certos momentos estar no topo do mundo, mas no momento seguinte sermos derrubados pela mais leve brisa. E é a queda que menos se espera a que mais se sente.

Mas então como viveremos tranquilos sabendo que nunca estamos salvos da roda do acaso? A resposta é simples, apesar de não nos agradar: o ser humano, que tanto gosta de se vangloriar por sua superioridade, deve abraçar sua ignorância e pequenez diante da complexidade do Universo. A única saída para uma vida sincera é admitirmos que não passamos de meras fagulhas vagando sem rumo no plano da existência. Não sabemos de onde viemos, para onde vamos e nem como será o percurso, e não há problema nenhum nisso. Então durmamos com a única certeza de que nada é certo, e assim enfim dormiremos tranquilos.