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quinta-feira, 10 de abril de 2014

O Mordomo da Casa Branca – Wil Haygood

Editora: Novo Século
Páginas: 139
Sinopse: Nos Bastidores do Poder. Mordomo da casa mais poderosa do mundo por mais de trinta anos, Eugene Allen serviu a oito presidentes, de Truman a Reagan. Sua presença foi um símbolo de segregação racial. Eugene, tão próximo dos homens mais poderosos do mundo e ao mesmo tempo tão distante do poder, vivia as dificuldades e restrições impostas à população negra devido a segregação racial. Pouco antes de falecer, já abatido, se orgulhou e chorou durante a posse daquele que foi o primeiro presidente negro dos Estados Unidos da América.

Palavras:

Faz menos de uma hora que terminei de ler O Mordomo da Casa Branca e decidi escrever a resenha assim que assimilei seu termino. Eu não sabia muito bem o que iria encontrar quando comecei, afinal não havia lido resenhas e ainda não vi o filme homônimo. Mas obviamente eu já tinha ideia do teria o enredo pela sinopse, afinal não o requisitei aleatoriamente, eu já estava curiosa desde as primeiras divulgações.
Temos o prefácio do diretor Lee Daniels nos introduzindo ao livro, mas mostrando que ele e o filme apesar de terem o mordomo como semelhança, possuem muitas diferenças, e que ambos são mais que dignos de atenção.
Wil Haygood, jornalista, que nos conta como surgiu a ideia de um artigo e como essa ideia o levou a conhecer Eugene Allen, um negro que sempre esteve à beira do poder, em épocas onde os negros sofriam horrores nas mãos de seus compatriotas, os brancos, em uma região (sul) dominada pelo preconceito. Vemos o que Gene viveu nos trinta anos de serviços na Casa Branca até seus sentimentos com a candidatura e eleição de Obama. Mas vamos além e conhecemos um pouco sobre Helene, sua companheira de longas décadas e a lealdade de um para com o outro.
Mais adiante há uma espécie de retrospectiva da história dos negros no cinema, até chegar a como foi produzido o filme e quais dificuldades os produtores, diretores, atores e demais participantes tiveram que enfrentar e o que os motivou a continuar com o projeto.
Finalizando, temos breves resumos sobre cinco dos presidentes com os quais Gene trabalhou e suas relações com os movimentos negros.
Quem me conhece e já leu outras resenhas minhas deve ter percebido que eu não sou fã e tenho várias aversões às narrativas muito extensas e sem muita interação entre os participantes das histórias. Mas O mordomo da Casa Branca fugiu a essa "regra". Porque ele é praticamente todo narrado em primeira pessoa pelo Wil (autor/jornalista) que vez ou outra acrescentava uma fala das pessoas ou ainda citava algo relacionado ao assunto; e mesmo assim foi uma leitura deliciosa e extremamente prazerosa, não foi urgente, mas fluiu muito bem. (Por surpresas assim que defendo que não devemos excluir um livro por não ser igual aos que já lemos). Os capítulos são bem grandinhos, mas não me atrapalhei com eles.
Não há cenas fortes, mas há passagens que são marcantes e inesquecíveis. Parece exagerado, só que foi exatamente assim que me senti ao ler sobre como foi difícil na época da guerra, ou durante os movimentos pelos direitos civis, ou ainda depois do assassinato de J. F. Kennedy.
Eugene foi um personagem (pessoa) encantador (a) e Helene foi aquele tipo que te cativa antes mesmo da primeira palavra ser dita. Charles filho do casal pouco é retratado. Os atores que se dedicaram ao projeto são retratados de forma bem humana, mesmo que não seja o foco. (Falerei mais deles depois de ver o filme em um post especial)
A capa segue os padrões do pôster do filme e é bem bonita. A diagramação simples possui divisórias que lembram os trajes dos mordomos, mas o destaque vai para as páginas em papel de foto (ou algo parecido) que contêm várias imagens de Eugene, Helene, Charles, cenas do filme e mais.
Eu poderia falar mais, mas prefiro convidar todos a lerem, pois é uma história tocante, mas não lhe levará as lágrimas, lhe levará a pensar.
No mais, estou bem contente por ter conhecido a história do Gene e quero muito poder em breve ver o filme. Assim que conseguir prometo (promessa é dívida!) que farei um post falando mais sobre ambos, mas já sei que o elenco é muito bom e que estava motivado e dedicado.

Imagens e Trechos:

“Um dos dons únicos de Eugene Allen como mordomo da Casa Branca – e ele parecia ganhar mais respeito a cada nova administração – era sua habilidade de improvisar. [...] estava preocupado principalmente com os filhos do presidente, John e Caroline.”

“– É aniversário do Gene também! – gritava a primeira-dama Betty Ford quando trazia o bolo para fazer a surpresa a seu marido.”

“– Sou apaixonado pela questão racial da América – disse ele. – E achei que esse filme poderia ser um jeito de cobrir a história dos afro-americanos, de Jim Crow a Obama. Pensei que poderia ser um filme épico sobre etnias.”


Classificação: 
 
 Cortesia da Novo Século.


6 comentários:

  1. Oi Aninha,
    tudo bem?
    Sabe o que chamou minha atenção??? Não foi o mordomo, risos.. e sim o contexto histórico, a matéria História sempre foi a minha preferida na escola. Poder conhecer a história por trás dos olhos de alguém que estava lá, viveu a situação, é fascinante!!!!!
    Quero muito ler!!!!!
    Sabe, gostei muito da forma como desenvolveu essa resenha. E eu adoro livros que me questionam.
    beijinhos.
    cila-leitora voraz
    http://cantinhoparaleitura.blogspot.com.br/

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    1. Hey Cila! Eu também sempre gostei (e ainda gosto) de história e quando conheci a sinopse desse livro me obriguei a solicitá-lo. E como você gosta de história é mega recomendado que leia, pois ele conta como Gene via e agia sobre os grandes fatos, como o filme retratou tudo e na parte dos presidentes vemos como eles agiram.

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  2. Oi Anna!
    Eu ainda não li o livro nem vi o filme, mas quero ler ou assistir. Como já comentaram, eu também gosto de história, e acho que livros e filmes assim são uma ótima maneira de aprender.

    Beijos,
    Sora - Meu Jardim de Livros

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    1. Ele é ótimo para despertar nosso interesse pela história dos negros norte americanos, mas para conhecermos bem afundo mesmo só pesquisando mais.

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  3. Oi Anna!

    É a primeira vez que leio algo a repeito do livro, pois até o momento eu não conhecia a obra. Achei bem peculiar a história, e acredito que por ser algo diferente do que eu costumo ler, acho que talvez irei gostar. :)

    Beijos

    http://www.daimaginacaoaescrita.com/

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    1. Oie! É um prazer te apresentar a essa história e eu espero que gostes mesmo!

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