Cilada - Harlan Coben

Editora: Sextante

Páginas: 272

Redes Sociais: Skoob

Sinopse: Haley McWaid tem 17 anos. É aluna exemplar, disciplinada, ama esportes e sonha entrar para uma boa faculdade. Por isso, quando certa noite ela não volta para casa e três meses transcorrem sem que se tenha nenhuma notícia dela, todos na cidade começam a imaginar o pior. O assistente social Dan Mercer recebe um estranho telefonema de uma adolescente e vai a seu encontro. Ao chegar ao local, ele é surpreendido pela equipe de um programa de televisão, que o exibe em rede nacional como pedófilo. Inocentado por falta de provas, Dan é morto logo em seguida. Na junção dessas duas histórias está Wendy Tynes, a repórter que armou a cilada para Dan e que se torna a única testemunha de seu assassinato. Wendy sempre confiou apenas nos fatos, mas seu instinto lhe diz que Mercer talvez não fosse culpado. Agora ela precisa descobrir se desmascarou um criminoso ou causou a morte de um inocente. Nas investigações da morte de Dan e do desaparecimento de Haley, verdades inimagináveis são reveladas e a fragilidade de vidas aparentemente normais é posta à prova. Todos têm algo a esconder e os segredos se interligam e se completam em um elaborado mosaico de mistérios. Harlan Coben mais uma vez deixa o leitor sem ar. Cilada fala de culpa, luto e perdão em uma trama repleta de reviravoltas surpreendentes. Nada é o que parece e tudo pode ser desfeito até a última página.

Palavras:

Bons livros policiais sempre estão nas minhas listas de leituras e faz algum tempo que os do Harlan Coben estão nela, após algumas “pesquisas” nos blogs que gosto, me decidi por Cilada, que tem uma sinopse bem atrativa, mas há bastante spoiler nela. Entretanto, acreditem quando digo escrevo que ainda há muito escondido nessa história.

Dan sempre jurou inocência e sua ex-mulher sempre acreditou nele. Mas Wendy, uma repórter, o denunciou como pedófilo em rede nacional; e ele acabou tendo sua vida arruinada e indo a julgamento... para infelicidade de muitos foi liberado por falta de provas incontestáveis. Mesmo assim, sua vida que estava praticamente destruída, chegou ao fim na frente de Wendy, com ele jurando inocência.

Wendy começa a pesquisar mais sobre Dan, pois algo nela começa a acreditar que talvez ele não seja tão culpado. E quando as coisas começam a clarear no passado de Dan, um objeto cor de rosa liga o desaparecimento de Haley McWaid à Dan, fazendo a história se encher de mais nós. Tudo isso só instiga mais nossa repórter que terá que lidar com alguns problemas em casa ao mesmo tempo em que vai ao passado mais remoto de Dan.

Nessa história o autor pegou a história central de Dan e seu possível crime e interligou com outras, como, a da repórter, a da adolescente Haley e a de um ex-policial. E há dramas tão profundos que quando a sinopse diz que essa é uma história que trata de drama, luto e perdão é mais do que certa. O tema perdão está em todas as páginas, o drama idem, e o luto está mais em todos os momentos que vemos a família de Haley. Eu acrescentaria a dúvida, pois há pouquíssimas certezas na história.

A narrativa é feita principalmente na terceira pessoa do singular, focando-se mais nos pontos de vista de Wendy, já que ela está igual ou pior que nós leitores quando o assunto é a falta de pistas, ou melhor, o excesso de pistas confusas. Até mesmo os personagens são abordados de forma a nos dar pistas e ao mesmo tempo confundir.

Se há algo que eu gosto em livros policiais é quando o autor faz uma trama que o final é totalmente imprevisível e Coben fez isso! A cada nova pista mais possibilidades surgiam e sinceramente por mais teorias que eu tenha desenvolvido durante a história o final conseguiu me surpreender e muito!

Como primeiro contato com a escrita deste autor posso dizer que fui conquistada e não posso esperar para poder ler mais algum, falando nisso, livros também não faltaram, pois temos as séries dos detetives Bolytar e muitos outros livros individuais como Cilada. Recomendo a leitura com toda a certeza!

“– Coloque-se no lugar de Haley. Que motivos você teria para consultar no Google Earth o local onde seu sequestrador esconderia, enterraria você ou sei lá o quê? Nenhum. A única hipótese plausível seria…”