Penélope – Marilyn Kaye

Editora: Record

Páginas: 240

Sinopse: Penélope é uma jovem maravilhosa, mas uma maldição foi lançada a muitos anos atrapalha essa jovem a realizar seus sonhos, isso pelo menos até que o príncipe quebre a maldição...  A mãe dela acredita até que um sapo seria bem vindo, se ele puder quebrar a maldição... Muitos o consideram um conto de fadas moderno, eu não vejo como essa classificação poderia ser mais perfeita.

Palavras: Penélope é uma jovem nobre de 25 anos que adoraria ter um rosto normal e uma vida comum, entretanto ela não pode ter isso até que se case e seu verdadeiro “eu” seja revelado. Isso lhe foi ensinado desde muito cedo pela mãe (criatura complicada). Por isso, nossa protagonista passa seus dias à procura de um homem que aceite se casar para quebrar a maldição, mas há exigências...

Ela se esforça para conseguir um noivo, que a aceite como é, mas os poucos que chegaram ao ponto de vê-la simplesmente fugiram, tudo por causa de um nariz, ou melhor, focinho... de porco! (não considero spoiler, é falado em muitas sinopses e nas primeiras páginas do livro)

Só que Max entra, vê Penélope e não foge. Tudo parecia bem, ela gostava dele e ele parecia sentir algo parecido, mas ao saber de todos os detalhes da maldição e sobre como poderia ser quebrada, ele diz que não poderia ajudar Penélope e saí porta a fora. Desolada, a garota decide que não quer mais continuar com essa busca... Mas dúvidas ficam: Por que Max sumiu se parecia gostar de Penélope? Era tudo fingimento? E principalmente, o que acontecerá com ela agora que está solta no mundo, sem quem a esconda?

A narrativa é doce e envolvente, a escrita é tão simples quanto acessível. O enredo não foi uma grande surpresa, porque eu já havia visto o filme e só descobri que era baseado em um livro nos créditos (que coisa, não?!), a propósito é uma boa adaptação, bem fiel ao livro e conseguiu passar a mesma doçura que as palavras da autora.

A autora conseguiu construir a descrição dos personagens de forma tão simples, direta e completa que mesmo que detalhes a mais fosse montar um psicológico mais completo, sei que eles seriam desnecessários, ou até mesmo fariam o livro perder a característica de leveza.  Pensei em falar um pouco de cada personagem, mas acho que por mais especiais, interessantes, ou irritantes que eles são, nenhum precisa que eu fale realmente dele, exceto Penélope.

Penélope é um amor de criatura, como já disse, mas ela foi criada para nunca se aceitar e mesmo que percebamos em algumas de suas falas ou pensamentos que é isso que ela quer (muito subliminar), a garota ignora, pois foi ensinada que aquilo não era seu verdadeiro eu. Em muitos momentos ela diz isso, o que chegou a me irritar um pouco, mas sempre continuei torcendo para que ela conseguisse superar esse problema, e para mim esse é o tema central.

Não posso falar muito mais porque já passei até do meu limite, mais um pouco e um mega spoiler pode acabar saindo.

Como eu disse, é um livro leve e uma excelente companhia. Foi delicioso torcer por nossa menina... eu o indicaria para quem gosta de contos de fada (como eu já disse, esse é um deles), para os admiradores de histórias de superação, mas principalmente para quem gosta de histórias com açúcar na medida certa.

Aviso que as coisas acontecem em alguns pontos muito rapidamente, mas pense bem, é assim nos contos de fadas, rápido, arrebatador e fofo!

Aviso 2, para aqueles preocupados com o final, ele combina perfeitamente com todo o livro em fofuríssi, mas acima disso mostra-nos uma bela lição. Mais uma vez, digno de um conto de fadas!

Imagens:

Trechos:

"— Ora, ora, não se preocupe, Penelope, não se desespere. Tudo vai ficar bem — ela me reconfortou. — O papai vai comprar uma ilha deserta para nós em algum lugar no meio do nada." 

"Fui recebida bem da maneira como eu esperava, com um silêncio sepulcral. Havia expressões para todos os gostos, de choque a pavor.
[...]
—Tem alguém que não fugiu."

Classificação: