O Pequeno Príncipe - Antoine de Saint-Exupéry

Editora: Agir

Páginas: 80

Sinopse: Livro de criança? Com certeza! Livro de adulto também, pois todo homem traz dentro de si o menino que foi. O pequeno Príncipe devolve a cada um o mistério da infância. De repente retorna os sonhos. Reaparece a lembrança de questionamentos, desvelam-se incoerências acomodadas, quase já imperceptíveis na pressa do dia-a-dia. Voltam ao coração escondidas recordações. O reencontro, o homem-menino.

O Pequeno Príncipe! Acho que todos já ouviram falar dele, seja pelo livro ou pelo desenho. É uma obra encantadora, infantil? Sim! Adulto? Também! Saint-Exupéry escreveu esta obra para seu melhor amigo (já adulto) Léon Werth, mas fez o principezinho carregado de inocência e pureza própria da infância.

A história fala de um homem que quando criança não tinha seus pensamentos compreendidos pelos adultos, que na correria do dia a dia valorizavam coisas que não tem valor para uma criança.

Este homem cresceu, tornou-se piloto, teve seu avião quebrado e caiu em um deserto, foi ai que ele encontrou o pequeno príncipe, que havia caído ali a aproximadamente um ano. O pequeno príncipe vinha de um planeta muito pequeno onde só havia espaço para ele, seus três vulcões e uma rosa.

O livro apesar de ser escrito em prosa, posso dizer que é muito poético, e escrito de forma muito romântica. Ele nós mostra valores já esquecidos nos dias de hoje, que são essenciais mas no entanto ficam esquecidos em meio a rotina. É fácil reconhecer através das metáforas presentes na obra as situação da vida que estão tão próximas da nossa realidade.

Eu tive a oportunidade de fazer da obra as duas interpretação possíveis, li-a quando criança e voltei a ler na vida adulta(ou quase), tenho uma visão diante e para além de baobás e roseiras, visão literal e metafórica.

Como uma obra pra crianças, o Pequeno Príncipe é um livro perfeito, as histórias de animais falantes, planetas distantes, reis e príncipes avivam a magia presente na história, enquanto às singelas ilustrações tratam de aproximar ainda mais a obra de seu público infantil.

Já para o público adulto, o livro nos faz voltar a ser criança ensinando-nos lições que nossas famílias esqueceram-se de nos ensinar. Como esquecer da famosa frase da raposa ao principezinho? “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas”.

A inocência e simplicidade é que torna a obra universal, por isso eu a indico para todos, é um livro que todos deveriam ler.

Trechos:

 “Mas as sementes são invisíveis. Elas dormem no segredo da terra até que uma cisme de despertar. Então ela espreguiça, e lança timidamente para o sol um inofensivo galinho.  Se é de roseira ou rabanete, podemos deixar que cresça a vontade. Mas quando se trata de uma planta ruim, é preciso arrancar logo, mal a tenhamos conhecido.”

“Se alguém ama uma flor da qual só existe um exemplar em milhões de estrelas, isso basta para que seja feliz quando a contempla.”

“É preciso exigir de cada um, o que cada um pode dar, replicou o rei. A autoridade repousa sobre a razão.”

“Não tenho necessidade de ti. E tu não tens também necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro.”

 “As estrelas são todas iluminadas... Não será pra que cada um possa encontrar a sua?”

Vídeo:

Trecho do filme O Pequeno Príncipe.

Imagem:

Desenho feito pelo narrador da história, de uma jiboia engolindo um elefante.

Nota: