Histórias Extraordinárias - Edgar Alan Poe

Editora: Martin Claret

Páginas: 128

Sinopse: O homem sempre sentiu medo, sobretudo daquilo que não pode entender,do incerto e — porque não dizer — do proibido. Talvez por isso o horror tenha algo que nos afaste, mas que também nos atraia e nos deixe fascinados. E foi desbravando essa estranha e ambígua sensação que o contista, crítico e poeta norte-americano Edgar Allan Poe se consagrou como um dos mestres do gênero do terror e o pai da literatura policial. Ambientes sombrios, ruas desertas, esquinas escuras, mansões malditas, assassinatos misteriosos e personagens sobrenaturais compõem a atmosfera gótica que tanto marcou suas histórias de terror. Poe detém o poder de envolver o leitor desde a primeira frase. Ele nos conduz pelo conto, deixando escapar apenas o que devemos saber naquele momento, mantendo o suspense até o desfecho invariavelmente inesperado. Mas suas fina ironia, seu sarcástico humor e suas inigualáveis lógicas e sagacidade também são elementos que cunharam a obra desse homem que influenciou de forma decisiva o conto moderno de horror. Ler as histórias de Edgar Allan Poe nos faz regressar aos tempos de infância, em que os maiores medos despertavam o horror, mas também deixavam um estranho desejo de sentir o corpo arrepiar, só mais uma vez. Uma experiência inigualável. 

Palavras:

     Comecei a ler esse livro cheia de expectativa, afinal é Poe! Mas, enrolei muito pare ler o livro. Histórias Extraordinárias é a união de vários contos do renomado escritor Edgar Allan Poe. Nesses contos Poe retrata a essência humana. Ele fala da morte, dos assassinos, do medo, entre outros temas. Todos os contos parecem conter algo sobrenatural, mas isso não se confirma, pois podem ser mera conhecidência (será?).

    Os textos tem uma narrativa confusa, são todos em 1ª pessoa, e todos os personagens estão em situações difíceis. O autor abusa da narrativa e da descrição, o que deixou os texto meio cansativos, mas os finais feitos por ele compensaram, essa característica também nos proporcionou uma visualização quase real das cenas.

    Os contos que mais gostei foram "O gato Preto" e "O poço e o pêndulo", o primeiro fala de um homem que esta condenado a morte e escreve uma carta confissão onde diz o que um gato preto (só um mesmo?) tem haver com a sentença, no segundo, um homem está preso em um quarto escuro, vivendo de pão e àgua, ele sabe que em seu futuro só há morte, mas o que fazer? Ele tem duas opções, morrer rápido ou sofrer até o fim. 

     A parte gráfica ficou muito boa, a ilustração da capa é de Getulio Delphim. Parabéns as tradutoras, Eliane Fittipaldi Pereira e Katia Maria Orberg, elas conseguiram o que pretendiam: mantiveram as sensações que o autor nos impõe.

     Indico o livro para aqueles que gostam de suspense e que tenham paciência para a narração escessiva, um insentivardor: os finais foram surpreendentes.

Imagens:

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    Essa imagem retrata Edgar Allan Poe, eu a encontrei em um livro na biblioteca da UNIMONTES, não consegui encontrar o desenhista (o livro era bem velhinho). Eu trouxe essa imagem porque a capa dificultou muito a procura por outras imagens que simbolizassem o livro, além disso é bom conhecer o autor dos livros.

   Sim, a imagem ao lado é um caixão, e não, eu não estou louca. No conto Enterro Prematuro, temos um personagem com medo de ser enterrado vivo.

   Esse rapazinho aqui do lado, representa o medo. Sentimento que esta presente em todos os contos, assim como, em todos os humanos.

Trechos:

   "À minha entrada, Usher levantou-se de um sofá onde estivera completamente estendido e cumprimentou-me com uma animação vívida que tinha muito, pensei a princípio, de cordialidade exagerada — do esforço obrigatório do homem de sociedade ennuyé. Um relance, porém, ao seu rosto convenceu-me de sua perfeita sinceridade. Sentamo-nos; e, por alguns momentos, enquanto ele nada disse, contemplei-o com um sentimento misto de piedade e espanto. Certamente, homem algum jamais havia passado por alteração tão terrível, em tão breve período, como Roderick Usher!"

Histórias  Extraordinárias, A Queda da Casa de Usher - p. 60

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