Páginas: 207
Sinopse: Eu e Outras Poesias é um livro de sofrimento, de verdade e de protesto. Augusto dos Anjos recorreu a uma infinidade de termos científicos, biológicos e médicos ao escrever seus versos. Seu único livro, Eu, foi publicado em 1912; surgindo em momento de transição, pouco antes da virada modernista de 1922. A obra, a partir de 1919, começa a ser reeditada com o titulo Eu e Outras Poesias, cuja edições, hoje, passam de 40. Com o tempo, Augusto dos Anjos tornou-se um dos poetas mais lidos do país. Falando do livro, o crítico Agripino Grieco resume numa palavra a consagração popular: "É um livro imortal".
Nunca li poesias como estas. A linguagem é totalmente diferente do que estava acostumada. palavras como verme, morte, urubu, estão sempre presentes. Em poemas cientificistas Augusto nos mostra a morte como ela é dentro do caixão, a putrefação. Abaixo um poema para que vocês tenham uma ideia:
Nunca li poesias como estas. A linguagem é totalmente diferente do que estava acostumada. palavras como verme, morte, urubu, estão sempre presentes. Em poemas cientificistas Augusto nos mostra a morte como ela é dentro do caixão, a putrefação. Abaixo um poema para que vocês tenham uma ideia:
Psicologia de um vencido
Eu, filho do carbono e do amoníaco,
Monstro de escuridão e rutilância,
Sofro, desde a epigênese da infância,
A influência má dos signos do zodíaco.
Profundissimamente hipocondríaco,
Este ambiente me causa repugnância...
Sobe-me à boca uma ânsia análoga à ânsia
Que se escapa da boca de um cardíaco.
Já o verme - este operário das ruínas -
Que o sangue podre das carnificinas
Come, e á vida em geral declara guerra,
Anda a espreitar meus olhos para roê-los,
E há de deixar-me apenas os cabelos,
Na frialdade inorgânica da terra!
Monstro de escuridão e rutilância,
Sofro, desde a epigênese da infância,
A influência má dos signos do zodíaco.
Profundissimamente hipocondríaco,
Este ambiente me causa repugnância...
Sobe-me à boca uma ânsia análoga à ânsia
Que se escapa da boca de um cardíaco.
Já o verme - este operário das ruínas -
Que o sangue podre das carnificinas
Come, e á vida em geral declara guerra,
Anda a espreitar meus olhos para roê-los,
E há de deixar-me apenas os cabelos,
Na frialdade inorgânica da terra!
Estão vendo? No inicio fiquei aversa a estes poemas, mas analisando percebi que ele escrevia o que sentia, sempre doente, com medo de morrer, cada sonho (as quimeras) morrendo sem ser concretizados. Como ele mesmo dizia:
"Um urubu pousou na minha sorte".
Rarara
ResponderExcluirAgora escreve oq cleber escreveu no quadro sobre o livro, ia ajudar muito para nois vestibulandos que não gostamos de copiar a matéria do quadro
rsrsrsrs
inté...
Não conheço muito sobre este poeta, mais goste de sua opinião sobre ele! Vou procurar mais sobre :)
ResponderExcluirhttp://scrapinblack.blogspot.com
beijim
Oi!
ResponderExcluirVocê está participando da promoção do meu blog. Em primeiro lugar, obrigada [-=
Depois, esclarecendo à sua dúvida, basta colocar que 'sim' em Divulgou em alguma rede social? E escreva que você curtiu a página.
Beeijos, NikaSanc
Eu gosto muito dele!!! Que faz parte do mesmo movimento literário, Simbolismo, do Cruz e Souza. Final do séc. XIX, se não me engano.
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