Poseidon - Anna Banks

Editora: Novo Conceito

Páginas: 288

Sinopse: Além da beleza fora do comum, com seu cabelo quase branco e seus olhos cor de violeta, Emma chama a atenção por ser um pouco desajeitada. Ela não se sente muito à vontade em lugar nenhum... e não sabe que sua misteriosa origem é a fonte dessa sensação. Galen, príncipe dos Syrenas, vasculha a terra procurando uma garota especial, capaz de se comunicar com os peixes — e que poderá salvar seu reino. Quando ele se encontra com Emma, a conexão é imediata: embora não saiba, Emma parece ter o dom que Galen procura. Mas, então, por que ela não conseguiu salvar sua melhor amiga do ataque do tubarão? Cabe ao príncipe convencer a teimosa Emma a enfrentar sua real natureza e aceitar o desafio. E nada pode impedi-lo de alcançar seu objetivo.

Palavras:

Esse é o meu segundo livro com sereias que leio e, diferente do primeiro, essas aqui tem barbatanas!

Emma esbarrou em um rapaz lindo e Chloe, sua melhor amiga, não perdeu a oportunidade de envergonhá-la ainda mais. Afinal, é para isso que servem as amigas. Emma é tímida e se envergonha facilmente, o que não a impede de ser irônica em diversos momentos.

Galen é um príncipe Syrena e tem quase certeza de que Emma é uma também, mas que, além disso, ela tem o dom de Poseidon, algo muito especial entre os Syrenas. Ele pretendia se aproximar e investigar mais sobre ela, mas seus planos são adiados, pois uma tragédia ocorreu a Chloe.

Graças a seu contato em terra, Rachel (uma mulher com contatos e meios) ele consegue ir para na mesma escola que Emma para tentar novamente a aproximação. O que não é fácil, pois a garota está muito abalada com a perda de Chloe. Além disso, Rayna, a irmã irritante de Galen, está acompanhando o jovem príncipe na empreitada.

A partir daí grandes descobertas serão feitas pelos personagens, tanto historicamente e sentimentalmente quanto biologicamente.

A mitologia remodelada pela autora ficou bem interessante, ela preserva algumas características das sereias que conhecemos e acrescenta detalhes da história humana, criando assim a dos Syrenas, conectada a nossa.

A forma de narrar ora em primeira pessoa por Emma, ora em terceira com um foco maior em Galen, foi bem acertada, pois auxiliou na compreensão da história por completo. Ainda sim, ela manteve vários detalhes Syrenas ocultos ao mesmo tempo em que foi fornecendo alguns pontos que atiçam a curiosidade, agilizam a leitura e nos dão pistas da verdade.

A linguagem é simples, fluída e sem complicações.

A caracterização dos personagens me agradou, mesmo acreditando que mais detalhes sobre os secundários seria interessante. Os personagens conquistaram-me; exceto Grom, irmão mais velho de Galen (não falei dele para evitar spoiler), pois mesmo sendo amargurado por um bom motivo, as poucas vezes que apareceu, agiu como um idiota.

Gostei bastante da história e tenho certeza que farei o máximo para ler os próximos, principalmente com um final tão bom. Confesso que cheguei a cogitá-lo por um tempo, mas não por muito, pois parecia meio ilógico... Bem eu errei.

Imagem e Trechos:

(Quase) Como eu imaginei os syrenas

“Meu reino está ameaçado pela guerra, pela extinção ou pelas duas coisas, e a única maneira de resolver isso é abrindo mão da única coisa que quero.”

“— Não. Não vou cair nessa. Você está tentando me distrair. Sobre o que estávamos discutindo mesmo?

— Sobre o que você acha que estávamos discutindo?

— Pare com isso. Você está respondendo às minhas perguntas com perguntas.

Ele é muito bom nisso, também. Fico meio impressionada comigo mesma por entender, ainda mais depois da pancada na cabeça.” 


Classificação:

Essa resenha também foi publicada no Arca Literária